A propaganda no Brasil: os primeiros anos do Século XX (1900 - 1949)
1900 - 1910
A
partir de 1900, com o surgimento da Revista Semana, inicia-se uma nova fase com
uma linguagem menos agressiva, atualidades e preocupações literárias. Também
surgiram as revistas Arara e Vida Paulista, que se mantinham através das
propagandas.
Além das peças publicitárias coloridas
mostrando vinhos, cabeleiras postiças, corpetes, cigarros e teatros de
variedades, anúncios de remédios avolumavam-se cada vez mais.
1910 - 1920
Em
1913 ou 1914, nasce a primeira agência de publicidade, na verdade não foi uma agência
desde o começo, era uma firma que evolui no sentido da publicidade e logo se
transforma em agência.
Na
época da Primeira Guerra Mundial havia cinco agencias funcionando em São Paulo:
a Eclética, A Pettinati, a Edanée, a de Valentim Haris e a de Pedro Didier e
Antônio Vaudagnoti. Eram os mesmos anúncios de sempre que prevaleciam, na
maioria das vezes de remédios, com algum avanço na visualização, mas sempre com
o mesmo padrão de mensagem.
A
Bayer foi a pioneira em fazer sucessivas campanhas, todas compostas de muitas
peças. Anúncios com tátulos imaginosos, de sabor institucional, ou de um
paralelismo ingênuo, ou ainda fortemente agressivos. Foram feitos para
diferentes produtos séries e mais séries de anúncios. Na medida em que eram
lançados novos produtos, a propaganda da empresa mais e mais se avolumava.
Ford -
agente C. A. Corbett Publicado no jornal santista A Tribuna em 2 de janeiro de
1920.
1920 - 1930
Na
década de 1920, vários temas foram abordados, em 22, propagandas sobre sabonete
mostravam com nitidez a preocupação com a beleza e a estética.
Em
1926 fica mais explícito esse lado de preocupação com a estética com os
primeiros anúncios sobre moda. Neste mesmo ano, pode-se perceber a presença
cada vez mais acentuada das empresas norte-americanas. Com a vinda das marcas,
também chegavam ao país a técnica norte-americana de propaganda comercial.
anúncio dos produtos Tayuya, sabão
Aristolino e xarope Grindelia, de 1924
1930 - 1940
A crise de 1929 e as Revoluções de 1930 e 1932 foram acontecimentos que não só
abalaram a economia e a vida do país, mas que também paralisaram a propaganda
totalmente, bem na passagem do período de especialização (começo das
agências), para a importação de modelos mais evoluídos.
A Revolução de 1932 foi a implantadora da
indústria no país. E com o aparecimento de uma indústria nacional, em um quadro
amplo de evolução, a propaganda se desenvolveu mais rapidamente.
É nessa década também que surgem os programas relacionados a jingles e marcas, chamados de spots. Mesmo com o aparecimento de anúncios de cerveja, cigarros, pneus, cremes dentais e automóveis, os produtos farmacêuticos ainda são os maiores anunciantes.
Nessa época que surgem os primeiros outdoors, anunciando marcas com Chevrolet, Texaco, Ford, Goodyear e Pirelli.
1940 - 1949
Em 1939, com o início da 2ª Guerra Mundial, homens ligados ao mundo dos
negócios falaram a revista Propaganda o que eles achavam da situação brasileira
diante a guerra.
Na
década de 40 as atividades publicitárias foram as mais turbulentas, problemas
surgiram, o decréscimo violento no movimento de anúncios, segundo Armando
Almeida o período de 1941 a 1945, foram anos de guerra também para a
propaganda, guerra das trocas comerciais.
Como
tentativa de se reerguer, artistas e apresentadores eram usados para anunciar
produtos que acabavam virando brindes para os auditórios. Outra estratégia
usada foram as datas comemorativas criadas, como Dia das Mães e Dia dos Pais,
para alavancar os anúncios.
Nasciam
em 1949 os convênios entre agências de propaganda, juntamente com a Associação
Brasileira de Propaganda (ABA) e o Conselho Nacional de Imprensa (CNI) tempos
mais tarde surgia a Associação Brasileira de Agências de Propaganda (Abap).
gostei...
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