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1900 – 1910
O
período de 1900 a 1910 foi uma década que marcava o início da República e
demonstrava uma grande acomodação do novo Regime, um período que aconteceram
muitas revoltas e grandes conflitos.É
comum associar os primeiros anos do século XX às invenções que fascinaram a
sociedade urbana.
Mas para esse traço marcante da história tecnológica e social,
não há correspondente na história política.No
início do século XX, a população brasileira era de 17,3 milhões de habitantes,
vivendo cerca de 11 milhões no campo, a população rural na maioria das vezes,
praticava agricultura de subsistência e criação de gado. (não havendo tanta
ligação com a publicidade, neste período)
A partir de 1900, com o surgimento da revista Semana, inicia-se
uma nova fase com uma linguagem menos agressiva, atualidades e preocupações
literárias. Também surgiram as revistas Arara e Vida Paulista, que se mantinham
através de propagandas. Muitos nomes toraram-se conhecidos nesta época, pelos
os anúncios em grande escala: Drogaria J. Amarante, Charuataria Do Comércio,
Vinho Baruel, Antártica, Loteria São Paulo e também a Papelaria Duprat. Além
das peças publicitárias coloridas mostrando vinhos, cabelereiras postiças,
corpetes, cigarros e teatro de variedades, anúncios de remédios avolumavam-se
cada vez mais
Em 1902 Começou a Circular a revista O Malho.
· 1910 - 1920
No ano de 1914 nasce a “Eclética”, a primeira agência de publicidade. Segundo Júlio Cosi, nos começos da Eclética “os jornais eram quase os mesmos de hoje, mas extremamente pobres em publicidade”.
Veio também, em 1917, a revista A informação Goyana, que possuía conteúdo mensal, ilustrativo e informativo sobre o desenvolvimento do Brasil Central; criada pelos autores Henrique Silva e Americano do Brasil, com o intuito de tornar o estado do Goiás mais conhecido pelo Brasil e pelo mundo, com inserção de fotos, documentos, registros políticos e culturais, de praticamente quase todos os municípios goianos; a revista teve a duração entre 1917 à 1935.
Fachada da agência
Eclética.
Volume XI- N° 8 da
revista A informação Goyana.
Volume XVI N° 9 da revista A
informação Goyana.
Na
época da Primeira Guerra Mundial, havia cinco agências funcionando em São
Paulo: Eclética, Pettinati, Edanée, Valentim Haris, Pedro Didier e Antônio
Vaudagnoti. Folheando jornais de São Paulo e Rio de Janeiro nos anos de
conflito europeu, não se notava grandes mudanças; eram os mesmos anúncios de
sempre que prevaleciam, na maioria das vezes de remédios, com algum avanço na
visualização, mas sempre com o mesmo padrão de mensagem.
Biotônico fontoura
A Bayer foi pioneira em fazer sucessivas campanhas, todas
compostas de muitas peças, anúncios com rotulos imaginosos, de sabor
institucional, com um paralelismo ingênuo ou ainda fortemente agressivo. Foram
feitos para diferentes produtos séries e mais séries de anúncios.
Na medida em que eram lançados novos produtos, a propaganda da empresa mais e mais crescia... Sempre interessante, sempre indicativa, dos vários estágios pelos quais foram passando a publicidade. Não há registro de quem fazia. Mas pode-se supor um cliente com departamento organizado, atuante, que mobilizava os recursos da época: Desenhista, redator, tipógrafo, agente.
Na medida em que eram lançados novos produtos, a propaganda da empresa mais e mais crescia... Sempre interessante, sempre indicativa, dos vários estágios pelos quais foram passando a publicidade. Não há registro de quem fazia. Mas pode-se supor um cliente com departamento organizado, atuante, que mobilizava os recursos da época: Desenhista, redator, tipógrafo, agente.
Propaganda do lança perfume (que
era permitido na época) publicada no Jornal Diário pernambucano em quatro de
Janeiro de 1910.
Propaganda de cerveja
Brahma, década de 1910.
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1930-1940
A
década de 30 é um marco divisor de águas na história brasileira. De um lado, o declínio
de uma classe social constituída até o momento por uma elite agrária rural, os
senhores do café e do outro, a ascensão da burguesia industrial e o crescimento
do proletariado urbano. Em meio a este contexto, o Estado, que tenta se firmar
e definir sua atuação dentro desta sociedade. É o momento em que o proletariado
urbano inicia sua luta de reivindicações, juntamente com os trabalhadores
rurais.
A
partir de 1930, com ascensão do governo populista do Presidente Getúlio Vargas,
o operariado brasileiro recebeu uma série de benefícios sociais. Era necessário
abrir o país para o capital estrangeiro e avançar o período rural para a
industrialização. O Governo Vargas, traçou as diretrizes da modernização
estatal, adequando as leis e a sociedade para esta nova fase e servindo de
interventor, apaziguador e controlador das lutas de classes. Essa época é
marcada pelo rádio, que se destacou pelos programas de grandes dimensões, musicais,
locutores e programas de auditório. Uma época onde pessoas ouviam rádio e se
identificavam com locutores e músicas.
Programas
como: Hora do Calouro, Balança Mas Não Cai, Cassino do Chacrinha, eram pratos
cheios para a propaganda.
Nessa
época, os anunciantes eram lojas de departamentos, restaurantes, lanchonetes,
xaropes e propaganda comercial. Surgem os programas patrocinados e as inserções
públicas tornam-se mais explícitas. Surgiam também jingle e o slogan, um dos
mais conhecidos era o slogan do Repórter Eso “O primeiro a dar as últimas”.
Vale lembrar que no estado de Goiás, em 1935, houve a mudança de capital da cidade e com isso trouxe também anúncios publicitários com as vendas de loteamentos na nova cidade “Goiânia”.
Vale lembrar que no estado de Goiás, em 1935, houve a mudança de capital da cidade e com isso trouxe também anúncios publicitários com as vendas de loteamentos na nova cidade “Goiânia”.
Venda de
lotes, na nova capital de Goyaz em 1935.
Propaganda em revista na década de 30
Propaganda de Leite condensado
Os
produtos farmacêuticos ainda são os maiores anunciantes, mas começaram a
aparecer também cervejas, cigarros, automóveis, lâmpadas e creme dentais.
Surgem os primeiros outdoors, com anúncios da Ford, Chevrolet, Goodyear,
Pirelli, Atlas, Texaco, etc.
Nos
jornais, a concorrência se dava através de competição, réplicas e tréplicas dos
anunciantes.
No
Brasil, entre 11 e 18 de fevereiro de 1922 foi realizada, no teatro municipal
de São Paulo, a Semana De Arte Moderna, que contou com a participação de
escritores, artistas plásticos, arquitetos e músicos. O seu objetivo era
renovar o ambiente artístico
e
cultural da cidade com “A perfeita demonstração do que há nosso meio a nível da
escultura, arquitetura, música e literatura sob o ponto de vista rigorosamente
atual”, como informa o correio paulistano em 29 de Janeiro de 2010.
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1940-1949
Na
década de 40 as atividades publicitárias foram turbulentas, a guerra
influenciava muito nas propagandas, imagens e os textos ligados a bombas e
destruição apareciam com um certo humor como por exemplo, o remédio Piralgina
que dizia “Piralgina destrói qualquer dor”.
Os
slogans tiveram destaques neste período, pois tinham produções da época; em
1948, foi fundada a Rádio de Gravações Especializadas, para gravações e
criações de spots e slogans.
Primeiras
tentativas de disciplinar a ética da propaganda com Conselho Nacional de
imprensa (CNI) e da Associação Brasileira de Propaganda (ABA), foram feitas. A
institucionalização segue seu curso com criação de uma nova entidade:
Associação Brasileira das Agências de Propaganda (Abap).
Fase
expressiva na criatividade, período áureo do jingle e chega no Brasil
finalmente a Coca cola. O crescimento no mercado publicitário pós-guerra, fez
com que profissionais de publicidade tivessem necessidades de organização,
conceitos e disciplina.
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